Há pouco mais de duas décadas atrás, ter uma vasta oferta de filmes e séries apenas a um log-in de distância soava a uma perspetiva descabida. Lembras-te da primeira vez que pediste aos teus pais para aderir à Netflix e eles fizeram aquela cara estranha (todos nós sabemos qual é 🤣) de quem não percebe bem porque precisamos daquele serviço? Pois, tens aí a tua resposta!
O conceito é fácil de explicar, mas, de alguma forma, a geração que estava habituada a ir ao cinema e ao teatro regularmente tem alguma dificuldade em entender a magia por detrás destes serviços. Reconhecemos, no entanto, que temos de dar o braço a torcer… Ir diretamente ao “grande ecrã” tem outro impacto e o filme tem tendência para parecer uma obra-prima da sétima arte, mesmo que não o seja. A verdade é que plataformas como a Netflix, HBO Max e Amazon Prime começam a tomar conta dos nossos dias, contando com cada vez mais assinantes a nível mundial.
A deslocação ao cinema deixou de ser algo habitual na vida de muitos amantes da ficção e estar agarrado ao comando da TV, no seu “novo formato”, ou ao nosso telemóvel para ver a nossa série preferida começou a ser o nosso hobbie favorito. É, contudo, compreensível que a televisão comece a ficar para trás no que diz respeito a este mundo. De alguma forma, ter um cabo que permita projetar o ecrã do nosso computador à televisão, parece mais fácil do que procurar tempos intermináveis por filmes que tenham ficado gravados há dias atrás nos canais como Hollywood ou AMC.
Impactaram a história do cinema de tal modo que, de alguma forma, já conseguimos fazer uma distinção entre esta era digital e todas as outras. Hollywood experimenta uma mudança radical de geração em geração… A transição dos filmes mudos para filmes sonoros na década de 1920 e a ascensão da televisão, enquanto meio de transmissão de filmes, em meados dos anos 50 são exemplo disso. Contudo, nada nos preparava para o papel que a internet teria neste mundo. A Netflix, indiscutivelmente o serviço com mais renome, começou a transmitir filmes e séries em 2007 e rapidamente se transformou num gigante, embora tenha enfrentado alguma resistência numa fase inicial. Face a este crescimento na popularidade, grandes empresas como a Disney, a NBCUniversal e a Warner Media foram assistindo a este avanço impetuoso silenciosamente até que decidiram, também elas, apostar em plataformas do género. Recentemente serviços como a Disney Plus, HBO Max e Peacock (menos conhecida em Portugal) emergiram e vão desafiando as grandes referências com preços e conteúdos competitivos.
A oferta é progressivamente maior e não parece querer abrandar. O streaming “veio para ficar” e que bom que podemos aceder aos nossos conteúdos preferidos com tanta facilidade.
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